Publicações decorrentes
Accouplement: Vicissitudes of an Architectural Motif in Classical France
Pedro P. Palazzo, «Accouplement: Vicissitudes of an Architectural Motif in Classical France», em Building Knowledge, Constructing Histories, ed. Ine Wouters et al., vol. 2 (Leiden: CRC : Balkema, 2018), 1029–36.
Coupled columns in French architecture and the reaction to their use from the Renaissance up to the classical rationalism of the early twentieth century hinged on the debates regarding the relationship between structural stability and visual delight, over the backdrop of the search for a national classical tradition. This architectural motif was variously put forward under the argument of the load-bearing performance of materials, as a logical derivation of column spacing rules in the classical canon, or even as a reinterpretation of gothic bundled piers. The practical usefulness and moral suitability of iron reinforcement in the wide spans entailed by coupled columns accompanied these debates from the seventeenth-century Louvre Colonnade up to Perret’s case for the monumental use of reinforced concrete.
O Louvre de Luís XIV na historiografia da arte francesa
Pedro P. Palazzo, «O Louvre de Luís XIV na historiografia da arte francesa, 1924–1964: o classicismo seiscentista visto pelo prisma do neoclassicismo e do modernismo», em A construção da narrativa histórica: séculos XIX e XX, ed. Ana Lúcia Lana Nemi, Néri de Barros Almeida, e Rossana Alves Baptista Pinheiro (Campinas : São Paulo: Editora Unicamp ; Editora FAP–Unifesp, 2014), 143–56.
Exploramos aqui as interações entre a pesquisa historiográfica e os interesses estéticos e culturais em jogo em meados do século XX, os quais se rebatem na leitura dos monumentos arquitetônicos do passado. Um dos principais aspectos desse contexto é a percepção dos períodos históricos, em particular das fases clássica e neoclássica da arte francesa entre os séculos XVII e XVIII. O modo como os historiadores da arte franceses, entre 1924 e 1964, interpretam a arquitetura do Louvre de Luís XIV reflete as preocupações modernistas então em vigor e a exaltação de modelos teóricos fundados no neoclassicismo do século XVIII.
Architecture as Portrait
Pedro P. Palazzo, «Architecture as Portrait: Exoticism and the Royal Character of the Louvre, 1380–1681», Ikon: Journal of Iconographic Studies 5 (janeiro de 2012): 235–46.
The royal architecture of the Louvre, in Renaissance and classical France, shows a steady transformation in architectural form and a remarkable continuity in political intent—yet one can see that architectural form is at all times determined by the political iconography of the ruling king. In fact, these shifting architectural expressions, from Charles V’s semi-residential fortress up to the desertion of the Louvre by Louis XIV in favor of Versailles, form a revealing succession of portraits of royal patronage that are sharply distinct from the general architectural tendencies of their times. In this case, the long-term perspective is particularly effective to uncover the continuing political intents underlying changing architectural motifs.
Modernidade tradicionalista na arquitetura cívica de Cuiabá na era Vargas
Pedro P. Palazzo e Evillyn Biazatti de Araujo, «Modernidade tradicionalista na arquitetura cívica de Cuiabá na era Vargas», Mouseion, n. 40 (22 de dezembro de 2021): 1–17.
As construções de Cuiabá na época do Estado Novo apresentam características distintas entre si, ora mais aderentes a linhas clássicas e tradicionais, ora livre de ornamentos e com aparência mais “moderna”, no sentido de nova e nem sempre modernista. Essa indefinição e a escassez de trabalhos e pesquisas sobre esses edifícios, além do fator localização longe dos grandes centros do país — onde se concentra a maior parte das pesquisas sobre história e teoria da arquitetura do Brasil —, resulta em certa invisibilização de produções importantes para a historiografia gerando anacronismos dessas realizações em relação a produção do movimento moderno, além de acarretar perdas documentais e monumentais devido à falta de reconhecimento e proteção desses projetos.
Relações de escala na superquadra de Brasília
Pedro P. Palazzo e Gabriel Ernesto Moura Solórzano, «Relações de escala na superquadra de Brasília: paradigma ou mistificação?», Paranoá: cadernos de arquitetura e urbanismo, n. 25 (14 de março de 2020): 107–28.
Visando a perceber com maior clareza as relações de escala — no sentido convencional, isto é, geométrico, da palavra — na superquadra, abordam-se inicialmente as contradições inerentes à abstração espacial e discursiva no modernismo. Em seguida, analisam-se as relações de escala na área residencial de Brasília em três níveis sucessivos. A cada passo, observa-se como as categorias interpretativas avançadas por diversos estudiosos de Brasília e da arquitetura moderna se articulam, nos seus esclarecimentos e contradições, com a abstração e ambiguidade espacial da superquadra. O conjunto assim indissociável de espaços e discursos sustenta o paradigma do habitar moderno, ao preço, porém, de se erigir um sistema de mistificações conceituais.
Capital in a Void
Pedro P. Palazzo e Luciana Saboia, «Capital in a Void: Modernist Myths of Brasilia», IASTE Working Paper Series, Modernism Unbound: Myths, Practices, and Policies, 239, n. 1 (2012): 23–38.
Brasilia, the first Modernist World Heritage site, has been entitled to its own hagiography in Brazilian and international scholarship. In this paper we investigated how the discourses on the city can be understood in terms of a tripartite mythical structure comprising a tale of origins embodied in its design, that of a heroic construction, and a millennial discourse around its development. As evidenced in the city’s central bus station, this narrative opposes an originating void and the persistence of this emptiness throughout the urban evolution.
Paradigmas urbanísticos de Brasília
Sylvia Ficher e Pedro P. Palazzo, «Os paradigmas urbanísticos de Brasília», Cadernos PPG/AU (Universidade Federal da Bahia) 3 (2005).
Em meados da década de 1950, todo um acervo de reflexões e realizações urbanísticas se tornara moeda corrente nos meios profissionais — e era adotado paradigmaticamente, seia em reformas e expansões de cidades existentes, seja no planejamento de cidades novas. As propostas apresentadas no concurso para o urbanismo da nova capital do Brasil, Brasilia, em 1957, tanto aquela vencedora como as demais concorrentes, são exemplares desse quadro. Não obstante, foi também naquela época que esse acervo passou s ser objeto de um novo escrutínio crítico.