Didática de história da arquitetura

O material didático abaixo foi desenvolvido por mim para adaptação ao ensino a distância das unidades curriculares de formação profissional em história da arquitetura na Universidade de Brasília, no contexto da pandemia de Covid–19.

Arquitetura antiga e medieval

O ensino da arquitetura antiga e medieval no Brasil se defronta com um contexto de falta de referências imediatas ao objeto de estudo. A didática proposta nesta unidade aproveita o conteúdo de história da Europa, Ásia e África como pretexto para desenvolver um aprendizado operativo de sistemas construtivos tradicionais, bem como da sensibilidade espacial volumétrica da arquitetura pré-moderna.

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Arquitetura e urbanismo da Idade Moderna

A Idade Moderna corresponde ao período em que emerge uma consciência histórica em diversas sociedades pelo mundo. O ensino de história da arquitetura e da urbanização focado neste período acompanha a codificação de tradições clássicas na Europa e na Ásia, evidenciando as teias globais de influências e processos produtivos que dão suporte a essas tradições.

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Publicações decorrentes

The Death and Life of ‘Operative’ History

Pedro P. Palazzo, «The Death and Life of ‘Operative’ History: Dialogues between the Historiography and Theory of Architecture and Urbanism in Contemporary Italy», em Conference Proceedings, ed. Richard Anderson (EAHN 6th International Meeting, Edinburgh: European Architectural History Network, 2021), 33–40.

The Italian debates of the post-war era regarding the possibility of an ‘operative’ history of architecture, revolving around Manfredo Tafuri’s critique of Saverio Muratori’s method of procedural typology and his ambiguous stance on Aldo Rossi’s later work, provide the theoretical background for a present-day ‘Italian school’ of typo-morphology. This ‘school’ then split between the modernist disciples of Muratori and the younger traditionalists, loosely inspired by Rossi. The points of agreement and of disagreement within this school point to a continued reevaluation of Tafuri’s call for a critical and autonomous historiography, although the theoretical pitfalls of giving an operative role to historical knowledge are ever present.

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Programa de estudios para una arquitectura sostenible y sensible al patrimonio

Pedro Paulo Palazzo, «Programa de estudios para una arquitectura sostenible y sensible al patrimonio», Revista PH, n. 104 (13 de julho de 2021): 429–31.

El desarrollo sostenible, la conservación del patrimonio y la práctica corriente de la construcción han divergido en sus métodos. Para solucionar esta disparidad, antes mismo que cambiar estructuras productivas, hay que educar a los arquitectos para mirar de modo integrado a estos tres aspectos. Para eso hace falta una nueva enseñanza universitaria de arquitectura, que privilegie los materiales naturales y locales, así como una mirada artesana hacia la construcción. Planteo un programa de estudios capaz de realizar este propósito mediante el aprendizaje de las tradiciones vernáculas, con su enfoque holístico del desempeño ambiental y del respeto a las preexistencias.

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Uma reflexão sobre a preferência temporal na arquitetura

Pedro P. Palazzo, «Uma reflexão sobre a preferência temporal na arquitetura», Philos Galeria, 26 de julho de 2021.

A capacidade de gerar e consumir qualquer quantidade de energia que se faça necessária — e que seja economicamente viável — é o que caracteriza as sociedades industrializadas modernas. Nessas sociedades, a energia pode ser extraída do ambiente em quantidades quase ilimitadas. Essa energia industrial, por assim dizer, é relativamente barata, e em proporção a isso, a força de trabalho manual acaba por se tornar relativamente cara. Em contraste com a nossa sociedade industrial, nas sociedades tradicionais ou pré-industriais a energia que pode ser extraída do ambiente é bastante limitada.

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Patrimônio histórico como comum cultural

Irina Alencar de Oliveira e Pedro P. Palazzo, «Patrimônio histórico como comum cultural durante os primeiros tombamentos na cidade de Goiás», em 30 anos: atualização crítica, ed. Dilton Lopes de Almeida Júnior, Fabio Macedo Velame, e José Carlos Huapaya Espinoza, vol. 4 (XVI Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, Salvador: UFBA, 2021), 4320–39.

Este artigo busca refletir sobre as relações observadas entre a comunidade da cidade de Goiás e seu patrimônio cultural sob a perspectiva dos comuns culturais, especialmente, na primeira de suas três fases de patrimonialização convencionadas. Tenciona compreender a existência desses comuns ao longo da trajetória de preservação patrimonial da cidade e como se estruturaram ao longo do tempo, assim como, das práticas sociopolíticas e culturais, memória social, apropriações coletivas e vinculações afetivas articuladas a eles. Visa, enfim, a verificar em que medida todos esses elementos poderiam, por meio da participação comunitária, ter contribuído para sua conservação singular. O papel da sociedade civil organizada na área, como a OVAT e o Movimento Pró-Cidade de Goiás, também serão observados atentamente.

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Problemas de intervenção em sítios históricos degradados

Pedro P. Palazzo, «Patrimônio edificado e ideologia modernista: problemas de intervenção em sítios históricos degradados», em Patrimônio Cultural: Práticas e Perspectivas de Preservação no Brasil, ed. Márcia Regina Romeiro Chuva e Antônio Gilberto Ramos Nogueira (Rio de Janeiro: Mauad, 2012), 191–202.

A prática de preservação patrimonial no Brasil representa um recorte parcial da teoria patrimonial tal como esta foi constituída nas convenções internacionais e nas práticas européias e norte-americanas, com forte ênfase numa teleologia histórica. Partindo desses precedentes, estudaram-se os marcos teóricos que têm informado a preservação do patrimônio material imóvel, com conseqüências para as identidades profissionais que se constituem em torno da prática de preservação e do patrimônio preservado. As cartas patrimoniais, bem como as boas práticas da preservação do patrimônio, devem ser mais amplamente discutidas no que se refere a diferentes graus de deterioração de sítios urbanos e ao conceito de autenticidade histórica.

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